ATA DA TRIGÉSIMA SEXTA SESSÃO SOLENE DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 01.10.1998.
Ao primeiro dia do mês de outubro do ano de mil
novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio
Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quinze horas e trinta e
três minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou
abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Prêmio
Artístico Lupicínio Rodrigues ao Músico Lúcio Araújo de Quadros (Lúcio do
Cavaquinho), nos termos do Projeto de Resolução nº 34/97 (Processo nº 3345/97),
de autoria do Vereador Carlos Garcia.
Compuseram a MESA: o Vereador Reginaldo Pujol, 3º Secretário da Câmara
Municipal de Porto Alegre, presidindo os trabalhos; o Coronel Irani Siqueira,
representante do Comando Militar do Sul; a Senhora Maria Heoniza, representante
da Secretaria Estadual de Cultura; o Senhor Gilmar Eitel Vein, representante da
Secretaria Municipal de Cultura; o Senhor Lúcio Araújo de
Quadros, Homenageado; a Senhora Jussara Quadros, esposa do Homenageado;
o Vereador Carlos Garcia, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a
todos para, em pé, ouvirem à execução
do Hino Nacional. Após, concedeu a palavra ao Vereador Carlos Garcia, que, em
nome da Casa, relatou os motivos que o levaram a propor o Prêmio hoje entregue,
discorrendo acerca do trabalho artístico realizado pelo Senhor Lúcio Araújo de
Quadros e destacando sua importância para a cultura porto-alegrense e gaúcha.
Em continuidade, o Senhor Presidente convidou o Vereador Carlos Garcia a
proceder à entrega do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues ao Músico Lúcio
Araújo de Quadros, concedendo a palavra ao Homenageado, que agradeceu o Prêmio
recebido e, após, procedeu à apresentação de número musical. Em prosseguimento,
o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem à execução do
Hino Rio-Grandense, agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar,
declarou encerrados os trabalhos às dezesseis horas e treze minutos, convocando
os Senhores Vereadores para a Sessão Solene a ser realizada às dezessete horas.
Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Reginaldo Pujol e secretariados
pelo Vereador Carlos Garcia, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Carlos Garcia, Secretário “ad hoc”, determinei fosse
lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será
assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Estão abertos os trabalhos da presente
Sessão Solene, destinada à entrega do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues ao
músico Lúcio Araújo de Quadros, o Lúcio do Cavaquinho.
Convidamos
para compor a Mesa: o homenageado, Sr. Lúcio Araújo de Quadros; o Sr. Coronel
Irani Siqueira, representante do Comando Militar do Sul; a Sra. Jussara
Quadros, esposa do homenageado; a Sra. Maria Heoniza, representante da
Secretaria Estadual da Cultura; o Sr. Gilmar Eitel Vein, representante da
Secretaria Municipal da Cultura.
Convidamos
todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.
(Executa-se
o Hino Nacional.)
Como
tive ensejo de anunciar na abertura dos trabalhos, esta Sessão Solene tem um
destino específico, que é a entrega do Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues ao
músico Lúcio Araújo de Quadros, o nosso Lúcio do Cavaquinho.
Às
pessoas que nos dão o prazer de comparecer a este ato desejo explicar que a
distinção que agora se entrega decorre de uma resolução deste Legislativo,
Resolução nº 28/84, que instituiu o Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues e que
tem o objetivo de premiar pessoas que tenham se destacado no cenário artístico
brasileiro - compositores, artistas plásticos, músicos, poetas -, especialmente
na área musical.
Essa
proposição é de autoria do Ver. Carlos Garcia, Vereador de primeira
legislatura, que se constitui numa das mais fulgurantes revelações desta Sessão
Legislativa da Câmara Municipal. O Ver. Carlos Garcia, com muita sensibilidade
e acuidade, promoveu a escolha do homenageado, propôs e obteve decisão unânime
da Câmara de Vereadores que, de forma integral, entendeu de justiçar esse
baluarte da música popular do Rio Grande, outorgando este prêmio que leva como
título aquele que é, indiscutivelmente, a marca registrada da música popular do
Rio Grande. Tamanho foi o trabalho, a criatividade, a inteligência do Ver.
Carlos Garcia, que todas as bancadas com assento na Casa, que teriam o direito
de se manifestar nesta ocasião, outorgaram ao Garcia essa prerrogativa.
O
Ver. Carlos Garcia está com a palavra como proponente, como Líder da Bancada do
Partido Socialista Brasileiro nesta Casa e em nome de todas as bancadas da
Casa, que entendeu, com muita justiça, de conceder ao proponente desta
homenagem a possibilidade de falar em nome do Partido dos Trabalhadores, do
Partido Trabalhista Brasileiro, do Partido Democrático Trabalhista, do Partido
Progressista Brasileiro, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, do
Partido da Frente Liberal e do Partido Popular Socialista.
O SR. CARLOS GARCIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Primeiramente, sentimo-nos bastante honrados em falar em nome dos
trinta e três Vereadores, mas tenho certeza também, Lúcio, de que nós estamos
falando hoje em nome da Cidade de Porto Alegre.
Lúcio,
deves estar lembrado: essa homenagem surgiu numa churrascaria. Com nossa amiga
Sueli, sentamos e discutimos de que maneira faríamos a mesma, porque toda e
qualquer proposição, para os senhores e senhoras saberem, deve ter, também, a
aquiescência da pessoa que vai recebê-la. E o Lúcio é daquelas pessoas
humildes. Ele disse: “Eu vou receber?”. Sim, porque tu és a figura que expressa
a noite de Porto Alegre.
Vou-me
permitir ler alguma coisa sobre essa figura humana singular. (Lê.)
"Lúcio Araújo de Quadros, mais conhecido
como Lúcio do Cavaquinho, nasceu em Rio Pardo no dia 18 de outubro de 1936,
cidade onde está construindo uma casa. Com nove anos de idade iniciou os seus
estudos musicais no Conservatório Musical de Rio Pardo, onde estudou teoria e
solfejo até seus treze anos. Seu primeiro instrumento musical foi o violino.
Mais tarde, abandonou este e dedicou-se ao cavaquinho, que se associou ao seu
nome. Hoje, falar em cavaquinho é falar em Lúcio.
Até
os 23 anos trabalhou no campo, tropeando, domando, fazendo todas as lides
campeiras, pois seu pai, Alexandre de Quadros, além de funcionário da Justiça,
tinha propriedade rural naquele Município. No final da década de 50, Lúcio do
Cavaquinho veio para Porto Alegre e ingressou no Instituto de Pesquisas
Hidráulicas - IPH - da Universidade Federal do Rio Grande do Sul."
Fiquei
sabendo hoje que há um ex-aluno teu, Lúcio, que veio de Alagoas. Está fazendo
mestrado e é funcionário do IPH.
"Lúcio
do Cavaquinho trabalhou como desenhista, projetista e chefiou o setor e
permaneceu durante dezesseis anos naquele cargo, mas esta não era a sua
vocação. Pediu demissão e dedicou-se totalmente à música. E aí o músico Lúcio
do Cavaquinho trabalhou na noite de Porto Alegre durante quinze anos. Foi
diretor artístico de várias casas noturnas, como Chão de Estrelas, Candelabro,
Chão de Estrelas 2, hoje Clube da Saudade.
Como
produtor, destacou-se com sua criação, na década de 70, de 'A estrela que
brilha neste chão de estrelas', onde apresentava, semanalmente, no palco Chão
de Estrelas, a vida e a obra de um cantor, um compositor ou um instrumentista.
Foi nessa mesma época que criou o Triunvirato do Samba, trio musical que marcou
época na noite porto-alegrense.
Em
1975, Lúcio do Cavaquinho e seu grande amigo Túlio Piva associaram-se e criaram
uma das melhores casas noturnas de Porto Alegre, a Gente da Noite, que foi uma
casa que marcou época, um divisor de águas.
Como
compositor e conhecedor profundo do choro e do chorinho, compôs inúmeros, que
são executados hoje, e alguns já foram gravados em LPs.
A
trajetória artística do Lúcio é digna de respeito e orgulho: ele já gravou
dezesseis LPs, cinco CDs e, no ano passado, um CD solo. Ele já atuou com os
melhores artistas do nosso País, como Nelson Gonçalves, Francisco Egídio, Altamiro
Carrilho, Jamelão, Beth Carvalho, Ademilde Fonseca, Germano Matias, Deo Riam,
Carlos Poiares, Evandro, Luiz Airão, Jorge Costa, Moreira da Silva e outros.
Criou
o espetáculo 'Recital de Cordas', com seu amigo inseparável, que foi um dos
melhores violonistas que aqui tivemos, Jessé Silva.
Formou
o grupo de choro Lamento e foi, também, o criador de um dos melhores
espetáculos musicais do nosso Estado - 'Lúcio do Cavaquinho e seu show artístico' -, onde ele mostra três gêneros
musicais: o choro, o fado e o samba.
Foi
um dos artistas que inaugurou o projeto das quintas-feiras no Theatro São
Pedro, 'O choro é livre'. Também criou o Clube do Choro de Porto Alegre e foi
seu primeiro presidente.
O
Lúcio não pára e continua, ainda, dedicando-se à música, a shows e com seus
alunos. É daquelas pessoas que trabalham com grandeza, seriedade e tem um
grande respeito pelo público, pelo artista e, principalmente, pelos colegas.
Quem o conhece sabe que ele é uma pessoa ética; a ética faz parte da sua
pessoa.
Alguns
dizem que o Lúcio é perfeccionista, mas alguns não sabem que o Lúcio foi
daquelas pessoas que desistiu de tudo, inclusive da Faculdade de Direito. Cursou até o 3º ano, mas largou, para
alegria de todos nós, porto-alegrenses e gaúchos, por aquilo que Deus lhe deu:
o dom da música."
Mas,
Lúcio, nessa tua trajetória tens alguém que sempre te deu suporte, que é a tua
esposa Jussara. Ser mulher de músico não é fácil, mas a Jussara foi daquelas
que soube compreender e te acompanhar sempre. E quando a mulher é companheira,
e gosta, facilita.
Então,
Lúcio, mais uma vez, em nome da Câmara de Vereadores, da Cidade de Porto
Alegre, nós só temos que agradecer por tudo aquilo que tu fizeste e continuas
fazendo pela nossa música. E eu, particularmente, fico feliz porque sei que és
feliz com o que fazes. E, quando nos realizamos com o que fazemos, o resto fica
em segundo plano, porque a vida interior e o trabalho é o que gratifica. Lúcio,
parabéns, e parabéns a todos vocês que são amigos do Lúcio. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Nós queremos fazer o registro da presença
entre nós dos filhos, parentes e um bom número de amigos do nosso homenageado,
a quem queremos, em nome da Câmara Municipal, cumprimentar. E peço que se
considerem integrantes da nossa Mesa Diretora dos trabalhos.
Determina
o Projeto de Resolução que instituiu o Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues
que, após a aprovação da Casa, o Presidente determine a convocação de uma Sessão Solene para a entrega do prêmio. Esse
prêmio constará, de acordo com o art. 4º dessa
Resolução, de um diploma em pergaminho com a impressão das armas da
Cidade e da imagem do compositor Lupicínio Rodrigues, e nesse diploma
escrever-se-á, em letras douradas, a razão da homenagem.
Tenho
em mãos o pergaminho, onde estão as seguintes palavras: "A Câmara
Municipal de Porto Alegre, nos termos da Resolução 810, de 24.10.84, confere o
Prêmio Artístico Lupicínio Rodrigues a Lúcio Araújo de Quadros por sua valiosa
contribuição para o engrandecimento das artes nacionais. Porto Alegre, 1º de
outubro de 1998. Assinado, Ver. Luiz Braz, Presidente."
Assim,
de acordo com o protocolo e mantida a tradição, devo convidar o Ver. Carlos
Garcia, proponente da homenagem, para fazer a entrega a Lúcio do Cavaquinho,
nosso Lúcio Araújo de Quadros, do pergaminho correspondente à distinção e
prêmio que a Câmara Municipal , em inspirado momento, lhe concedeu.
(É
feita a entrega do Prêmio.)
Com muita satisfação, passo a palavra ao nosso homenageado, que haverá de se referir ao tempo de acadêmico de Direito, quando participava dos cursos de oratória e que deixou para trás para falar através do seu cavaquinho. Hoje, de acordo com o protocolo, lhe é concedida a prerrogativa de utilização da tribuna, já como detentor do Prêmio Lupicínio Rodrigues.
O
homenageado, Sr. Lúcio Araújo de Quadros, está com a palavra.
O SR. LÚCIO ARAÚJO DE QUADROS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda
os componentes da Mesa e demais presentes.) Gostaria de ter o dom da palavra
para melhor agradecer a vocês que me honraram com essa homenagem, concedendo-me
este prêmio maior para o artista gaúcho, que é o Prêmio Lupicínio Rodrigues.
Sinto-me orgulhoso em ter acompanhado Lupicínio em inúmeras noitadas musicais.
Agradeço,
de público, a esse dinâmico Vereador do PSB, o Ver. Carlos Garcia, que
apresentou a esta Câmara um projeto para que eu fosse contemplado com esse
prêmio tão significativo para a minha carreira de músico. Agradeço também a
minha amiga Sueli Reis, que foi uma das pessoas que fomentou este momento tão
maravilhoso e que, tenho a certeza, somará muito em minha vida artística. Muito
obrigado aos Srs. Vereadores que
votaram a favor deste Projeto. Se hoje sou o que sou artisticamente, agradeço a
minha mulher Jussara, a meus filhos Fernanda, Leonardo, Léo e Alexandra e a
minha família, que muito me incentiva. Muito obrigado a vocês, meus amigos,
que, numa hora imprópria, vieram até aqui para me abraçar. Prometo a vocês que,
enquanto eu puder, continuarei dando a minha modesta contribuição artística à comunidade
porto-alegrense, e quero encerrar as minhas poucas palavras oferecendo a vocês
uma peça musical. Eu quero executar, de Bach e Gounod, "Ave Maria".
Muito obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
(Executa
a "Ave Maria" no cavaquinho.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE: Diz a sabedoria popular que um gesto diz
muito mais que um milhão de palavras e, mais do que um gesto, a música, muitas
vezes, fala por nós. O Ver. Garcia, quando se pronunciou, citou várias
situações que nos vinculam ao Lúcio e lembrou, por exemplo, de Gente da Noite,
de Chão de Estrelas e de várias casas de espetáculos com as quais ele se
vinculou e que marcaram a vida de grande parte das pessoas que nasceram em
Porto Alegre ou, como é o nosso caso, mourejam aqui em Porto Alegre.
Eu
agora, ouvindo o Lúcio, até com uma certa nostalgia, lembrei-me do meu tempo de
meninote, quando caminhava na rua e ouvia essa música que era o início da "Ave Maria", que era
transmitida pela Rádio Itaí, comandado pelo Rubens Alcântara. A gente parava
por cinco minutos e, em tom reverencial, ficávamos ouvindo o fundo musical da
"Ave Maria" e ouvíamos a mensagem do Rubens Alcântara, a qual nos
tocava o coração e que era uma pessoa que tinha uma voz aveludada, diferente da
minha de hoje, que está rouca. Lembrei desse fato e de outras situações, como
do tempo da Adelaide, do Túlio Piva, enfim, de todas essas casas pelas quais o
Lúcio passou, sempre nos trazendo muita alegria.
Eu
diria, Garcia, que erramos. Não tínhamos que convocar esta Sessão para as 3h da tarde, mas para as 3h da manhã,
pois estaríamos muito mais em casa e as pessoas haveriam de acionar os dedos
como lá, no Clube dos Cozinheiros, e certamente o público seria muito mais tranqüilo, pois hoje, às 15h, primeiro
dia de outubro, a três dias de um pleito eleitoral em que toda a sociedade
porto-alegrense está envolvida, muitas pessoas que aqui gostariam de estar,
Lúcio, não estão em função disso, mas o Ver. Carlos Garcia representa todos eles e com muita qualidade.
O
Garcia é uma simbiose do que há de bom nesta Casa: boa pessoa, leal, sincero,
trabalhador e inteligente. Tão inteligente, que flagrou o teu nome no meio de
toda a comunidade artística do Estado e quis reparar esta injustiça
atribuindo-te este prêmio que há muito tempo já merecias ter recebido.
Em
nome dos demais colegas, em nome do Ver. Nedel, que está aqui conosco e que,
mesmo tendo um compromisso inadiável, não abriu mão de estar aqui hoje porque
sabia que seria contemplado com uma "canjinha" que nos ofereceste...
Oportunamente, vamos combinar com o Ver. Garcia uma segunda solenidade para,
depois das eleições, podermos confraternizar juntos em um lugar apropriado
e ouvirmos o Lúcio a noite toda e com
ele nos deleitarmos.
Agradeço
a todos que nos deram o prazer da presença, especialmente àqueles que
compuseram a Mesa Diretora dos trabalhos, a começar pelo Cel. Irani Siqueira;
pela representante da Secretaria Estadual da Cultura, Sra. Maria Heoniza; pelo
representante da Secretaria Municipal de Cultura, nosso querido Gilmar Eitel
Vein; e, sobretudo, pela esposa do nosso homenageado, a quem, com muita
propriedade, ele se referiu como sendo a co-responsável direta pelo sucesso da
sua carreira artística. À Sra. Jussara as nossas homenagens e a certeza de que
ela é uma mulher feliz porque vive com um homem que sabe decidir: decidiu pela
vida, pelas coisas de que gosta. Trocou algumas atividades que eventualmente
poderiam dar-lhe maior resultado pecuniário e fez a vida que ele quis fazer, a
vida do musicista, do intérprete e, sobretudo, do homem de sensibilidade que,
através daquele pequeno instrumento, às vezes até em desuso, tira esses acordes
musicais tão agradáveis que nos sensibilizam o ouvido.
Muito
obrigado a todos. Meus parabéns ao Lúcio. O seu perdão por não termos feito
hoje uma Sessão mais expressiva, bem à altura do seu merecimento, e a convicção
de que, de coração - o Ver. Carlos Garcia, o proponente; nós, que presidimos a
Sessão; o Ver. João Carlos Nedel, que com sua presença engrandeceu a nossa
reunião -, representamos o conjunto da Casa que simbolicamente te abraça, te
respeita e te agradece pelo que fizeste pela música do Rio Grande.
Convido
a todos para ouvirmos o Hino do Rio Grande do Sul no encerramento desta Sessão
Solene. Muito obrigado.
(Executa-se
o Hino do Rio-Grandense.)
(Encerra-se
a Sessão às 16h13min.)
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